A escola e as alergias alimentares… Dicas para professores e educadores

2019-08-24

A escola e as alergias alimentares… Dicas para professores e educadores

É na escola que a criança passa grande parte do dia, e os cuidados com a sua dieta restritiva devem ser estendidas e entendidas pelos responsáveis da instituição de ensino e aos educadores.
A inclusão social da criança com restrição alimentar é muito importante para o seu desenvolvimento, pois permite que ela se sinta igual às outras crianças e também muito mais motivada para a aprendizagem.

Algumas dicas para as escolas receberem as crianças com alergia alimentar em segurança:

1) Na altura da matrícula ter uma ficha dedicada ao registo de restrições. Devem constar os alimentos, medicamentos, corantes, entre outros, que a criança tenha de evitar.

2) Solicitar aos pais um plano de ação elaborado pelo médico e conservar na pasta individual da criança. Certificar que está bem explícito para não gerar dúvidas no momento em que for necessário por em prática.

3) Durante o lanche, não excluir a criança da sala caso ela reaja por inalação, mas posicioná-la sempre próximo da entrada de ar, geralmente a porta, com outras crianças que não estejam a ingerir alimentos que contenham o alergénio (exemplo: iogurtes, ovos, queijos..).

4) Solicitar aos pais que mantenham os medicamentos descritos nos planos de ação numa bolsa bem identificada na mochila da criança, ou manter na escola um duplicado dos medicamentos.

5) Observar os materiais escolares utilizados nas atividades com antecedência, assegurando que eles não causarão reações na criança. Sempre que possível utilizar alternativas toleradas pela criança para que ela faça parte da atividade.

6) Em festas, datas comemorativas e lanches coletivos, lembrar de avisar com antecedência a família para juntos identificarem alternativas seguras. Excluir a criança das atividades não deve ser opção! Nesses dias idealmente a escola deve oferecer uma ementa tolerada por todos os alunos incluindo alérgicos, adaptado às suas restrições. Se tal não for completamente possível, os pais devem ser alertados para trazerem uma alternativa segura para os seus filhos com alergia. Educar os pais das restantes crianças, explicando o problema e solicitando que quando fizerem a festa de aniversário na escola, tenham respeito às crianças alérgicas.

7) Educar a turma na empatia pelos problemas de saúde, promovendo o respeito e a solidariedade.

8) Colocar um aviso na porta da sala da turma onde se encontram crianças com alergia, identificando a situação, de forma a que ninguém forneça qualquer alimento sem permissão.

9) Se possível, as cozinheiras devem ser acompanhadas por nutricionistas para escolher opções adequadas preservando a qualidade e o aporte necessário, bem como deve a escola adquirir utensílios e equipamentos de cozinha novos que deverão ser separados dos demais.

10) Obter informação sobre o tema, mas sobretudo pedir aos próprios pais da criança explicações, porque cada criança com alergia alimentar tem as suas particularidades, e o que adapta a alguns pode não se adpatar a outros.

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